A principal dica para economizar na compra de material escolar
Enquanto crianças e adolescentes ainda aproveitam as férias, os pais já se preocupam com a compra do material escolar para a volta às aulas. E nas lojas vão encontrar preços maiores que os do ano passado. Pesquisa feita pela Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) com cerca de 200 itens mostra um aumento de 12,97% nos preços.
Com a lista na mão, a recomendação é pesquisar, pois é grande a diferença de preços entre os estabelecimentos comerciais. A pesquisa mostra variação de valor de até 457% para um mesmo produto.
Mas antes mesmo de sair às compras, os pais devem ficar atentos aos produtos que compõem a lista do material escolar distribuída pelas instituições. É proibida por lei a inclusão de material de uso coletivo como produtos de limpeza, papel higiênico, copos descartáveis, giz, apagador, etiquetas, fitas adesivas, isopor, grampeador e envelope.
“Se na lista de material constar esse tipo de produto os pais devem procurar a escola, informar que conhecem a legislação e que isso não pode ser cobrado, conforme previsto em lei. Se ainda assim o colégio persistir, ele deve procurar um órgão de defesa do consumidor, com a lista em mãos, e fazer a reclamação”, recomenda a supervisora de pesquisas do Procon-SP, Cristina Martinussi.
As escolas também não podem exigir que a aquisição do material seja feita no próprio estabelecimento, indicar a marca dos produtos pedidos ou papelarias de preferência. A única indicação de lojas permitida é para os uniformes.
Pesquisar os preços
A pesquisa feira pelo Procon-SP levantou os preços de 214 produtos escolares em estabelecimentos da capital em dezembro do ano passado e comparou com o que foi cobrado no final de 2015. A maior diferença de preço encontrada (de 457%) foi no lápis preto que era vendido de R$ 0,35 a R$ 1,95.
Cristina Martinussi sugere que antes de ir às lojas os pais procurem fazer pesquisa por telefone e pela internet. E alerta que uma loja pode ter variação grande no preço de um produto quando comparada às demais, mas ser uma opção atrativa quando levado em conta o conjunto dos produtos da lista escolar.
Compras coletivas
Comprar produtos em grandes quantidades pode garantir descontos. Para isso os pais podem se reunir em grupos e negociar preços menores com o estabelecimento. Convencer as crianças a não optarem por materiais com personagens ou acessórios licenciados que costumam ter preços mais altos também é importante para não gastar além do desejado.
Outra dica do Procon-SP para economizar é verificar o que é possível ser reaproveitado do ano letivo anterior, como estojos e dicionários, por exemplo. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) sugere a organização de feiras de trocas de artigos escolares em bom estado entre amigos e vizinhos e a aquisição de livros usados em sebos e pela internet. O instituto alerta que a escola só pode recomendar que o estudante não reutilize um livro usado por um irmão mais velho se a edição estiver desatualizada.
Material de uso coletivo
A proibição para as escolas pedirem material de uso coletivo está determinada pela Lei 12.886/13 e para ajudar os pais a tirarem dúvidas sobre quais são esses itens o Procon do Rio de Janeiro elaborou uma lista que traz exemplos de materiais que não podem ser solicitados pelas escolas. Confira a lista do Procon Rio:
- Álcool hidrogenado
- Algodão
- Bolas de sopro
- Canetas para lousa
- Carimbo
- Copos descartáveis
- Elastex
- Esponja para pratos
- Fantoche
- Fita, cartucho ou tonner para impressora
- Fitas adesivas
- Fitas decorativas
- Fitas dupla face
- Fitilhos
- Flanela
- Giz branco ou colorido
- Grampeador
- Grampos para grampeador
- Guardanapos
- Isopor
- Lenços descartáveis
- Livro de plástico para banho
- Maquiagem
- Marcador para retroprojetor
- Material de escritório
- Material de limpeza
- Medicamentos
- Palito de dente
- Palito para churrasco
- Papel higiênico
- Pasta suspensa
- Piloto para quadro branco
- Pinceis para quadro
- Pincel atômico
- Plástico para classificador
- Pratos descartáveis
- Pregador de roupas
- Produtos para construção civil (tinta, pincel, argamassa, cimento, dentre outros)
- Sacos de plástico
- Talheres descartáveis
- Cola para isopor
Exemplos se itens que podem ser solicitados, mas com restrições (a partir de 2 anos)
- Colas em geral (no máximo 1unidade branca e colorida de até 1litro, a partir do maternal)
- Envelopes (no máximo 10 unidades na educação pré-escolar)
- Lã (no máximo 1 rolo pequeno)
- Papel ofício ou A4 – 1 resma (500 folhas)
- Argila / massinha (até 1 kg a partir do maternal)
- Bastão de cola quente (até 1 saco com 50 unidades)
- Cordão / barbante (1 rolo pequeno)
- Pendrive/CD/DVD (1 unidade para retornar aos pais)
- Emborrachados E.V.A. (8 folhas – 2 folhas de cada cor)
- TNT (até 1 m)
- Palito de picolé (saco com até 50 unidades)
- Papel ofício colorido ou 1 caixa de color set
- Trincha 12 mm (2 unidades)
Lista exemplificativa anual de material de artes de uso em sala de aula
- Barbante grosso – 1 rolo pequeno
- Caixa de gizão de cera – 2 caixas com 12
- Caixa giz de cera tijolinho- 1 caixa
- Cola branca – 1 litro
- Cola colorida azul – 1 tubo de 250 ml
- Cola colorida vermelho -1 tubo de 250 ml
- Cola colorida verde – 1 tubo de 250 ml
- Cola colorida amarelo – 1 tubo de 250 ml
- Durex colorido azul -2 unidades pequenas
- Durex colorido vermelho – 2 unidades pequenas
- Durex colorido verde -2 unidades pequenas
- Durex colorido amarelo – 2 unidades pequenas
- EVA azul – 5 unidades
- EVA vermelho -5 unidades
- EVA verde – 5 unidades
- EVA amarelo – 5 unidades
- Guache azul – 1 unidade de 500 ml
- Guache vermelho -1 unidade de 500 ml
- Guache verde – 1 unidade de 500 ml
- Guache amarelo- 1 unidade de 500 ml
- Massinha azul -1 caixa de 160 g
- Massinha vermelha -1 caixa de 160 g
- Massinha verde -1 caixa de 160 g
- Massinha amarela -1 caixa de 160 g
- Palitos de picolé – 1 saco com 50 unidades
- Papel cartão branco – 5 folhas
- Papel Crepon – 5 rolinhos (cores variadas)
- Papel pardo – 10 folhas
- Papel 40 kg branco- 5 folhas
- Trincha 12 mm – 5 unidades
Observação: os itens 21, 22, 23 e 24 podem ser trocados por 4 caixas de massinha colorida de 160 g cada uma.
Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil
Edição: Amanda Cieglinski